Quatro anexos da UEB Ministro Carlos Madeira foram fechados, e com isso, 100 alunos da 1ª série do fundamental e 500 que deveriam cursar a 5ª série não conseguiram se matricular
SÃO LUÍS - A situação acontece na área Itaqui-Bacanga, onde quatro anexos da Unidade de Ensino Básico (UEB) Ministro Carlos Madeira foram fechados, e com isso, 100 alunos da 1ª série do fundamental e 500, que deveriam cursar a 5ª série, não conseguiram se matricular.
O Conselho Tutelar da área Itaqui-Bacanga denunciou a falta de vagas em escolas da rede municipal, que já deixou pelo menos 600 crianças sem ter onde estudar neste ano letivo. Segundo os conselheiros, faltam vagas porque as escolas estão com infraestrutura precária. No anexo da Unidade de Ensino Básico (UEB) Ministro Carlos Madeira, o início do ano letivo, que estava previsto para ontem, ainda não tem data definida para começar, conforme denúncia de pais de alunos.
As escolas da rede municipal da área Itaqui-Bacanga, como várias outras da Capital, apresentam problemas estruturais. Os ambientes são mal iluminados, as carteiras estão quebradas, faltam portas nos banheiros, os ventiladores das salas de aula funcionam precariamente, além de outras deficiências. Mas os maiores problemas, segundo os pais, conselheiros tutelares e líderes comunitários, estão nos anexos.
O anexo da UEB Carlos Madeira, no bairro São Raimundo, Itaqui-Bacanga, é uma dessas escolas. A sede já chegou a ter cinco anexos, mas atualmente apenas um funciona em um prédio da união de moradores, alugado pela Prefeitura de São Luís há 12 anos. Os outros foram desativados por desinteresse dos donos dos imóveis em manter o aluguel. Segundo o presidente da união de moradores, Martinho Oliveira, a Prefeitura prometeu uma reforma no prédio do anexo, o que não ocorreu. "Segundo foi acertado, a escola seria reformada durante as férias, mas nada foi feito e agora o imóvel está sem condições de receber os alunos", comentou.
Superlotação
No anexo, que tem apenas cinco salas de aula, estudam 517 alunos da 1ª à 4ª série nos turnos matutino e vespertino, divididos em turmas com mais de 40 alunos. Segundo uma professora, que preferiu não se identificar por medo de sofrer represálias, a situação torna o ensino e aprendizado difícil. "As salas são pequenas e os ventiladores não funcionam bem. O calor e a poeira deixam o local insalubre. É impraticável
dar aulas nessa situação", afirmou.
Ainda segundo professoras da escola, no ano passado o anexo teve de absorver 90 alunos que estudavam em outro anexo da área, que foi fechado após os proprietários do imóvel não terem renovado o aluguel com a prefeitura. As comunidades do São Raimundo, Vilas Ariri, Nova, São Luís, Mauro Fecury I e II e Alto da Esperança dependem do anexo da escola Carlos Madeira. "Essa escola fica em uma área central da região, por isso é grande a procura por vagas", informou Martinho Oliveira.
Faltam vagas
Por causa do fechamento de anexos e da falta de novas escolas, muitos alunos podem perder o ano letivo. Segundo Antônio Jorge Lisboa, 600 alunos, 100 da 1ª série do fundamental e 500 que deveriam cursar a 5ª série, não conseguiram se matricular nas escolas da área Itaqui-Bacanga, por falta de vagas nas instituições de ensino. "Já enviamos três listas com nomes de alunos para a Secretaria Municipal de Educação, mas ainda não obtivemos resposta quanto à matrícula dessas crianças, e esse é um problema recorrente", disse.
O vendedor ambulante José Ribamar Santos não conseguiu matricular o filho Wendel. O menino, de 10 anos, ainda não conseguiu cursar a 1ª série do ensino fundamental. "Só este ano eu fui em cinco escolas da área e em nenhuma tinha vaga. E o mesmo se repetiu em anos anteriores. Por isso, meu filho está com os estudos atrasados", disse.
A dona de casa Terezinha de Jesus Matias disse que conseguiu matricular o filho Guilherme, de 10 anos, mas que não sabe onde e quando começará o ano letivo. "Hoje começa o ano letivo nas escolas da rede municipal. Eu fiz a matrícula do meu filho no anexo da Carlos Madeira, mas fui informada que ele estudaria em outra unidade de ensino. Então vim aqui saber qual era a escola e fui informada que não há unidade disponível e aqui não se sabe nem quando começará o ano letivo", informou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que já fez reunião para tomar providências e solução para os problemas apresentados no anexo da UEB Carlos Madeira e que as obras na unidade serão realizadas em breve. Com relação às vagas nas escolas, a Semed informou que todas as pessoas que procurarem as unidades da rede pública municipal serão atendidas, e que todo esforço está sendo empenhado para dar celeridade aos trabalhos e esclareceu, ainda, que haverá lista de reserva e que o atendimento está sendo acompanhado pelo corpo técnico da Semed, com os Conselhos Tutelares.
Fonte: O Estado do Maranhão (MA)
SÃO LUÍS - A situação acontece na área Itaqui-Bacanga, onde quatro anexos da Unidade de Ensino Básico (UEB) Ministro Carlos Madeira foram fechados, e com isso, 100 alunos da 1ª série do fundamental e 500, que deveriam cursar a 5ª série, não conseguiram se matricular.
O Conselho Tutelar da área Itaqui-Bacanga denunciou a falta de vagas em escolas da rede municipal, que já deixou pelo menos 600 crianças sem ter onde estudar neste ano letivo. Segundo os conselheiros, faltam vagas porque as escolas estão com infraestrutura precária. No anexo da Unidade de Ensino Básico (UEB) Ministro Carlos Madeira, o início do ano letivo, que estava previsto para ontem, ainda não tem data definida para começar, conforme denúncia de pais de alunos.
As escolas da rede municipal da área Itaqui-Bacanga, como várias outras da Capital, apresentam problemas estruturais. Os ambientes são mal iluminados, as carteiras estão quebradas, faltam portas nos banheiros, os ventiladores das salas de aula funcionam precariamente, além de outras deficiências. Mas os maiores problemas, segundo os pais, conselheiros tutelares e líderes comunitários, estão nos anexos.
O anexo da UEB Carlos Madeira, no bairro São Raimundo, Itaqui-Bacanga, é uma dessas escolas. A sede já chegou a ter cinco anexos, mas atualmente apenas um funciona em um prédio da união de moradores, alugado pela Prefeitura de São Luís há 12 anos. Os outros foram desativados por desinteresse dos donos dos imóveis em manter o aluguel. Segundo o presidente da união de moradores, Martinho Oliveira, a Prefeitura prometeu uma reforma no prédio do anexo, o que não ocorreu. "Segundo foi acertado, a escola seria reformada durante as férias, mas nada foi feito e agora o imóvel está sem condições de receber os alunos", comentou.
Superlotação
No anexo, que tem apenas cinco salas de aula, estudam 517 alunos da 1ª à 4ª série nos turnos matutino e vespertino, divididos em turmas com mais de 40 alunos. Segundo uma professora, que preferiu não se identificar por medo de sofrer represálias, a situação torna o ensino e aprendizado difícil. "As salas são pequenas e os ventiladores não funcionam bem. O calor e a poeira deixam o local insalubre. É impraticável
dar aulas nessa situação", afirmou.
Ainda segundo professoras da escola, no ano passado o anexo teve de absorver 90 alunos que estudavam em outro anexo da área, que foi fechado após os proprietários do imóvel não terem renovado o aluguel com a prefeitura. As comunidades do São Raimundo, Vilas Ariri, Nova, São Luís, Mauro Fecury I e II e Alto da Esperança dependem do anexo da escola Carlos Madeira. "Essa escola fica em uma área central da região, por isso é grande a procura por vagas", informou Martinho Oliveira.
Faltam vagas
Por causa do fechamento de anexos e da falta de novas escolas, muitos alunos podem perder o ano letivo. Segundo Antônio Jorge Lisboa, 600 alunos, 100 da 1ª série do fundamental e 500 que deveriam cursar a 5ª série, não conseguiram se matricular nas escolas da área Itaqui-Bacanga, por falta de vagas nas instituições de ensino. "Já enviamos três listas com nomes de alunos para a Secretaria Municipal de Educação, mas ainda não obtivemos resposta quanto à matrícula dessas crianças, e esse é um problema recorrente", disse.
O vendedor ambulante José Ribamar Santos não conseguiu matricular o filho Wendel. O menino, de 10 anos, ainda não conseguiu cursar a 1ª série do ensino fundamental. "Só este ano eu fui em cinco escolas da área e em nenhuma tinha vaga. E o mesmo se repetiu em anos anteriores. Por isso, meu filho está com os estudos atrasados", disse.
A dona de casa Terezinha de Jesus Matias disse que conseguiu matricular o filho Guilherme, de 10 anos, mas que não sabe onde e quando começará o ano letivo. "Hoje começa o ano letivo nas escolas da rede municipal. Eu fiz a matrícula do meu filho no anexo da Carlos Madeira, mas fui informada que ele estudaria em outra unidade de ensino. Então vim aqui saber qual era a escola e fui informada que não há unidade disponível e aqui não se sabe nem quando começará o ano letivo", informou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que já fez reunião para tomar providências e solução para os problemas apresentados no anexo da UEB Carlos Madeira e que as obras na unidade serão realizadas em breve. Com relação às vagas nas escolas, a Semed informou que todas as pessoas que procurarem as unidades da rede pública municipal serão atendidas, e que todo esforço está sendo empenhado para dar celeridade aos trabalhos e esclareceu, ainda, que haverá lista de reserva e que o atendimento está sendo acompanhado pelo corpo técnico da Semed, com os Conselhos Tutelares.
Fonte: O Estado do Maranhão (MA)
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