MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES – MRP: VOTAMOS EM DEFESA DA DEMOCRACIA PLENA
Os
profissionais da Educação do Maranhão constituem uma categoria que está sempre
na vanguarda pela conquista e manutenção dos direitos trabalhistas, pela defesa
e construção de uma sociedade democrática, igualitária e pautada em princípios,
avessa ao preconceito e à violência em quaisquer níveis. Trata-se de um
coletivo de profissionais, cujo esteio de conduta social é a leitura crítica de
mundo e a discussão das questões nevrálgicas por que atravessa a sociedade. É
com essa consideração que o Movimento de Resistência dos Professores
posiciona-se frontalmente contra a possibilidade da instauração de um modelo de
governo que signifique o retrocesso e a ampliação de um estado de negação de
direitos e acirramento das relações baseadas na violência. Antes, o MRP declara
sua intenção de voto para a chapa 13, Haddad e Manuela, cujas propostas, hoje,
estão mais afinadas com o anseio dos professores: respeito aos direitos já conquistados,
melhoria nas condições de trabalho e construção de uma sociedade identificada
pelo respeito a toda e qualquer diversidade.
Nós,
professores, é quem lidamos, diuturnamente, com a heterogeneidade, com o
diverso, em nosso ambiente de trabalho, em nossas relações profissionais. Somos
nós, professores, que pontuamos em nossos planejamentos anuais os objetivos para
a formação de indivíduos críticos. Somos nós, professores, que envidamos todos
nossos esforços – superando, inclusive, condições insatisfatórias de trabalho –
para que nossos alunos se formem cidadãos, pautados no respeito ao outro e no
protagonismo na construção de sua realidade social. Destarte, não poderemos ser
nós, professores, os apoiadores de quem represente um risco à democracia, de
quem desrespeite a mulher, o índio, o negro, o nordestino, os LGBTQs e todos os
grupos econômica e politicamente minoritários. Por isso, nós, professores, manifestamos
nosso voto e apoiamos a chapa 13, de Fernando Haddad e Manuela D’Ávilla.
Manifestações
de intolerância grassando em todo o país (e o Maranhão não foge à regra), sob a
influência da funesta candidatura do PSL. Um denominado “Plano de governo” que,
de tão vago, configura-se bem mais como uma carta de intenções, fator que não
nos dá segurança em relação à consolidação de um possível governo do PSL. Outro
fato é uma crescente arregimentação de pessoas – entre as quais, infelizmente,
figuram muitos dos nossos jovens alunos e até alguns professores – que deflagram
um antipetismo cego e delirante, alicerçado na desilusão com a política
brasileira atual, bem como na alimentação constante da injúria e do ódio,
promovidos nas redes sociais. Esse é o cenário que se nos apresenta hoje e que
nos impinge a uma tomada de decisão, que não pode ser a de abstenção ou do voto
nulo, que ajudariam o candidato, em melhor posição nas pesquisas de intenção de
voto, e que representaria o pior para o nosso país, nossa classe e,
principalmente, para nós, professores.

O voto na
chapa Fernando Haddad e Manuela d’Ávilla é, na conjuntura atual, a decisão mais
acertada para os profissionais da Educação do Maranhão. Em que pesem convicções
pessoais ou partidárias, o que está em jogo, neste momento, é a defesa da nossa
já frágil democracia. Votar 13, votar em Hadad e Manuela, significa apostar no
avivamento da esperança que ainda brilha nos olhos de nossos alunos e que
mobiliza seus pais e/ou responsáveis a matriculá-los em nossas escolas a cada
ano; significa, ainda, mostrar que a nossa categoria profissional é um exemplo
de mulheres e homens que, historicamente, vêm se posicionando em defesa da
liberdade de expressão, do respeito à diversidade e da cidadania plena;
significa, também, que votar em Haddad e Manuela é dizer não à intolerância, ao
desrespeito, à negação de direitos, à atrofia de nosso Estado democrático. Por
tudo isso, o Movimento de Resistência dos Professores – MRP manifesta seu voto
no 13 e conclama os profissionais da Educação do Maranhão a votarem em defesa
de sua liberdade de ação e expressão: Haddad e Manuela para a Presidência do
Brasil.
Movimento de Resistência dos Professores
-MRP, 14 de outubro de 2018
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