“Seria uma atitude ingênua esperar que as
classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às
classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica. “
(Paulo Freire)
GOVERNO BOLSONARO ATACA A
EDUCAÇÃO E COLOCA O BRASIL EM MARCHA RÉ
Assumindo a posição de inimigo número um da educação, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) comete mais uma barbaridade contra a educação
pública brasileira. Após cortar cerca de
30% dos investimentos para o ensino superior e técnico do país e
bloquear ao menos R$ 2,4 bilhões de reais destinado ao ensino básico, as bolsas
para alunos de mestrado e doutorado foram suspensas. Com a decisão, alunos que já haviam
conseguido a bolsa para este ano ficarão sem poder usufruir do benefício. A
medida não afeta os estudantes que já estão com os cursos em andamento. Além das
bolsas, o programa Idioma Sem Fronteiras foi congelado, o que irá reduzir a
concessão de bolsas para cursos que mantiveram nota 3, conceito mínimo de
permanência no sistema de pós-graduação da Capes no período de dez anos. Há 211
programas nessa situação.
Segundo o economista Cid Cordeiro, os cortes na
educação estão relacionados com uma política neoliberal, que visa reduzir o Estado e o serviço público
prestado à população. “O governo está fazendo esses cortes, segundo ele
para adequar ao teto de gastos que o governo Temer fixou, mas sabemos que na verdade isso faz parte de uma
política de reduzir de fato o acesso da população a educação. Está não é uma
visão pró educação, mas é na verdade uma visão anti educação”.
Não satisfeito em diminuir as receitas da educação
e assim precarizá-la ainda mais, o governo Bolsonaro trabalha para condenar o
professor a morrer trabalhando, na medida em que sua reforma da previdência
modifica pra pior as regras da aposentadoria do professor e penaliza ainda mais
a professora.
ATAQUES À EDUCAÇÃO E A SEUS SERVIDORES NÃO
É POLÍTICA EXCLUSIVA DO GOVERNO FEDERAL
No Maranhão, não faltam exemplos de governos que
atacam a educação pública, negam direitos aos seus servidores e assim
prejudicam o alunado. Diante da limitação deste espaço, faremos uma breve
análise das posturas dos governos do Maranhão e da prefeitura de São Luís.
Governo
Flávio Dino – PCdoB: Para além da
propaganda, existe uma realidade que a contraria e desmonta. A maioria das
escolas estaduais sequer recebeu uma pintura nos últimos 4 anos. Nelas falta de
tudo: Professores, vigilantes, merendeiras, bibliotecas, ventiladores,
laboratórios, internet, livro didático, merenda etc. Soma-se a esse quadro desolador a constante
precarização do trabalho docente, que se dá por meio da permanente violação e
negação dos direitos dos professores. O governo do Maranhão diz pagar o maior
salário do país aos seus docentes. Nessa propaganda o governo esconde DOIS
dados importantes: Não informa quantos professores da rede estadual recebem o
suposto maior salário e omite que MILHARES de professores são CONTRATADOS (Embora habilitados,
recebem salário de R $ 1.228,32) e
temos ainda os professores em regime de CET
= Condição Especial de Trabalho (São efetivos, mas pela dobra na jornada
recebem pouco mais de R $1.500,00).
Como se isso não bastasse, registramos ainda: O
governo Flávio Dino arrocha salários e nega direitos aos servidores da educação
estadual desde 2016. O reajuste de 2016 nos foi negado e, desde então, até
nosso Estatuto foi modificado e isso resultou no achatamento salarial dos
docentes. Infelizmente, a maioria dos DEPUTADOS é conivente com esse estado de
caos por qual passa a educação ESTADUAL e seus servidores. Soma-se a tudo isso
a falta de transparência na aplicação dos recursos públicos destinados à
educação estadual.
Governo
Edivaldo Holanda Jr – PDT: A parceria do prefeito da capital com o
governador está refletida até na forma como eles tratam a educação e seus
servidores. A maioria das escolas se encontra em verdadeiro estado de abandono.
Para além dos problemas estruturais encontrados hoje, em 9 de cada 10 escolas
da rede, há carências de materiais básicos, tais como: Livros, pinceis,
internet, laboratórios etc. carências de professores e outros servidores de
apoio. Soma-se a isso as politicas de NEGAÇÃO
DE DIREITOS E ARROCHO SALARIAL imposta aos educadores. O prefeito Edivaldo
viola o Estatuto do Magistério e a Lei do Piso ao não conceder o reajuste dos
professores desde 2017. Em quase SETE anos de gestão não construiu metade das
creches que prometeu. Infelizmente, a maioria dos vereadores é conivente com
esse estado de caos por qual passa a educação municipal e seus servidores. Aqui
também registramos a falta de transparência na aplicação dos recursos públicos
destinados à educação da capital.
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Interessante é que no ato do dia 15/05, o Sinproesemma e o Sindeducação não colocaram em suas faixas cobranças aos governos locais. Para um bom entendedor, essa atitude diz muito do papel que esses sindicatos desempenham no atual contexto.
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