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Nota do MRP sobre a greve de 144 horas do SINPROESEMMA

GREVE SIM! MANOBRA ELEITORAL NÃO.

A assembleia convocada pelo Sinproesemma para esta segunda-feira (30/08) evidenciou que as verdadeiras motivações da direção do sindicato, estão sendo pautadas pela atual conjuntura política eleitoral. Durante a assembleia os professores presentes foram impedidos de poderem se manifestar, o que causou uma profunda indignação na maioria dos presentes. Toda a orquestração se iniciou com a falta de divulgação para informação da realização da assembléia, em que o objetivo era deixar a maior parte dos professores de São Luís, fora do processo de discussão. No entanto, em função do número razoável de educadores presentes, a direção do sindicato decidiu de forma autoritária proibir a inscrição dos professores para que estes pudessem fazer uso da palavra no microfone, permitindo apenas, que fosse feita uma única fala. Logo em seguida, sob protestos da grande maioria dos professores, foi encaminhada uma votação de paralisação de 144 horas (seis dias), que recebeu uma pequena manifestação de apoio, pois a maioria dos educadores, ao perceberem a manobra, resolveu deixar o local aos gritos de: sindicato não é partido eleitoral!

Em seguida os professores concentraram-se em frente à Fetiema para deliberarem democraticamente sobre os fatos acontecidos, definindo as seguintes questões:

I - Para os professores a greve é um importante instrumento de luta dos trabalhadores e os motivos para deflagrá-la, neste momento estão presentes. Entretanto, precisa ser construída no seio da categoria de forma democrática e participativa, fazendo com que os interesses político-eleitorais sejam necessariamente superados pelos interesses de classe.

II - Reiteraram sua incondicional oposição ao atual governo que durante vários anos violou e desrespeitou os direitos dos trabalhadores da educação, hoje materializado pelo descumprimento da Lei do Piso, negação da reformulação do Estatuto do Magistério e criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

III – Decidiram permanecer em sala de aula, até que a direção do Sinproesemma convoque outra assembleia, concedendo ao professor o livre direito de expressão e que este democraticamente possa decidir qual o melhor caminho a ser tomado.

III – Ratificaram o entendimento de que a assembleia realizada, representou uma forma explicita de manobra política, com finalidades meramente eleitoreiras e, portanto, sem legitimidade para ser apoiada pelos professores do Maranhão.

DOIS ANOS DE DESGOVERNO COM A EDUCAÇÃO PÚBLICA DO MARANHÃO

Esquecer é a pior forma de fazer desaparecer. Aquilo sobre o que ninguém fala, escreve, canta ou celebra em seus ritos, deixa de existir. A memória é a mais subversiva arma de resgate. Só se aprende o presente trazendo a tona o passado, para melhor produzir o futuro.

Durante os dois anos ”do novo governo Roseana“ as velhas práticas que acompanharam a sua ação política nos governos anteriores, permanecem intactas. A educação continua tendo prioridades apenas nos discursos eleitorais, ocupando os últimos lugares do Brasil em qualidade de ensino; das vinte piores escolas do Brasil, cinco são da rede pública estadual do Maranhão; 33% da população encontra-se em situação de analfabetismo funcional.

Essa triste realidade é uma conseqüência das ações governamentais, caracterizada nos governo Roseana, pela desvalorização dos educadores da rede estadual, que passaram oito anos sem terem seus salários reajustados; pela implementação da indústria dos contratos temporários; pela criação do tele-ensino, que transferiu para Fundação Roberto Marinho mais de 150 milhões de reais; pelo descumprimento do Estatuto do Magistério, referente as progressões, titulações e do interstício das referencias.Atualmente a governadora insiste em descumprir a Lei do Piso, não reajustando anualmente os salários dos educadores e ao mesmo tempo não mostra-se interessada em aceitar a reformulação do Estatuto do Magistério.

Portanto, professores, temos a convicção que este governo, bem como os anteriores, não expressam os anseios dos trabalhadores da educação. Nesse sentido, a superação dessas condições só será possível se for obra dos próprios trabalhadores. É algo que precisa ser construído e pressupõem unidade e luta, mesmo na adversidade, por isso temos que urgentemente romper com o imobilismo, que neste momento o mundo do trabalho nos impõe.

                                                                                                               Só a luta garante conquistas!

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