Por Antonísio Lopes Furtado*
Após tomar conhecimento da ampla notoriedade que fora dada ao processo movido contra mim, como se mérito fosse, venho em resposta e convite à reflexão esclarecer alguns pontos que considero relevantes.
Inicialmente, convido os leitores, certamente compostos em sua maioria por educadores, a comigo analisar o seguinte questionamento: O que ainda podemos esperar de uma direção sindical que usa a assessoria jurídica do nosso sindicato para buscar a condenação de um professor, tendo plena consciência de que ele não tem responsabilidade direta nos ataques direcionados à pessoa de uma das diretoras do SINPROESEMMA?
Partindo do pressuposto que assessoria jurídica do sindicato deve, antes de tudo, resguardar direitos de nós professores, torna-se incoerente em relação aos próprios objetivos desse instrumento, precipitar minha condenação não como autor, mas como coautor dos ataques citados.
Tal condenação, frise-se que ainda esta em sede de recurso e, portanto passível de modificação, deu-se em função de ser eu o criador, proprietário e moderador de uma comunidade para debates virtuais, intitulada SOS PROFESSOR, em uma popular rede social. Com a responsabilidade que essa condição exige, fiz por diversas vezes a remoção de alguns comentários (posts) ofensivos direcionados a alguns diretores do sindicato, bem como advertimos o membro e responsável direto pelos atos no tocante à conduta e política de relacionamento presente em toda e qualquer comunidade, cujo único compromisso é com a verdade e a conscientização de direitos. Contudo, como se sabe, a dinâmica dos contatos virtuais, lamentavelmente, extrapola a possibilidade de controle e, nesse caso específico, soube-se tempos depois que se tratava de um perfil falso (fake) que se fazendo valer do anonimato, deu continuidade às ofensas e, por ser impossível o monitoramento on line por 24h, fui associado aos fatos, e, dessa forma, responsabilizado.
Partindo-se do exposto, vale ressaltar que esta ação não tem objetivo único de resguardar a imagem de um dos membros da diretoria do Sindicato. As verdades ora ocultadas na ferramenta jurídica residem no fato de que a diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB) encontra-se desgastada e deslegitimada em função da sua inoperância e das muitas traições cometidas contra os professores. Tenta, desta forma, intimidar a ação dos membros do MRP, que a cada dia alcançam maior legitimidade no seio da nossa categoria ao promover verdadeiramente a luta em prol dos direitos dos educadores.
Nós do MRP, a partir de 2007, criamos, além da comunidade virtual já citada, outros mecanismos midiáticos, como por exemplo, o nosso BLOG e desde então somos implacáveis na divulgação das artimanhas e golpes da diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB). Fui arbitrariamente escolhido em função da coragem de denunciar as manobras patrocinadas por tal diretoria PELEGA e esta postura tem incomodado esse restrito grupo que acredita ser proprietário do sindicato, forçando-os de forma vexatória e irrefletida a tentar impedir a constatação real dos fatos e, assim, buscar um “bode expiatório”.
Não é difícil atinar que a cúpula dessa diretoria à frente do sindicato, há mais de 10 anos, deseja se perpetuar na nossa estrutura sindical. Longo e valioso período cujas perdas se aglomeram no seio da categoria, além de fazer uma gestão passível de clara suspeita. Não podemos esquecer que dia 18 de abril deste ano, o Sr. Júlio Gueterres, embora Secretário de Comunicação, afirmou com a propriedade de um secretário de finanças que a arrecadação mensal do SINPROESEMMA era de 200 MIL REAIS, na plenária realizada no auditório da FECOMÉRCIO. Companheiros, isso resulta numa arrecadação anual superior a 3 MILHÕES DE REAIS, na medida em que deve-se acrescentar a esse montante a receita referente ao IMPOSTO SINDICAL OBRIGATÓRIO que supera a quantia de 600 MIL REAIS.
O que o MRP leva à categoria é a necessidade de questionar o destino dessa quantia. Todos deveríamos saber onde são aplicados tais recursos. Para onde vão todos esses milhões que surgem da contribuição dos educadores?
Possivelmente, o desconhecimento dos motivos perpassa pelo fato de que a diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB) manobra e descumpre o estatuto do sindicato ao não realizar a assembleia anual de prestação de contas com seus associados. Antes, reúne meia-dúzia de professores simpatizantes da direção e lá apresentam balancetes em reuniões semiclandestinas.
Some-se a isso o fato de que, desde 2007 (GOVERNO JACKSON), a diretoria do sindicato vem ludibriando a nossa categoria ao vender a ideia de que todos os nossos problemas serão extintos com a aprovação do Estatuto do EDUCADOR. De lá para cá, várias versões desse documento foram construídas, sendo que nenhuma delas foi discutida amplamente na base da nossa categoria. Chegamos a 2011 sem que um novo estatuto fosse aprovado. Hoje percebemos que esse fato só serviu para reforçar a política governamental de negação de direitos, na medida em que a própria diretoria do SINPROESEMMA faz de conta que o ESTATUTO DO MAGISTÉRIO não está mais em vigor.
Lamentavelmente, podemos ainda elencar outras questões nas quais padecem a categoria:
- a diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB) historicamente tem escolhido um lado e esse lado da luta tem sido o do governo;
- a mutilação e o não cumprimento do Estatuto do Magistério;
- perdas salariais estratosféricas;
- negação das progressões e titulações;
- piso salarial inferior a 900 reais;
- não realização de eleições diretas para diretor de escola;
- no final de 2009 a diretoria do sindicato fechou um acordo com o governo à revelia da categoria, que resultou em nosso último reajuste;
- em 2010 o reajuste foi negado e tudo indica que em 2011 a cena se repetirá.
Como vimos, por termos a coragem de refletir a nossa realidade e de socializá-las para que você professor/a possa se inteirar dos fatos e assim tomar partido nessa nossa luta é que querem nos calar.
Aos meus opositores PELEGOS deixo uma certeza: ações como essas só me dão mais força e coragem pra continuar na luta.
* Professor das redes Estadual / Municipal e militante do Movimento de Resistencia dos Professores-MRP.
Após tomar conhecimento da ampla notoriedade que fora dada ao processo movido contra mim, como se mérito fosse, venho em resposta e convite à reflexão esclarecer alguns pontos que considero relevantes.
Inicialmente, convido os leitores, certamente compostos em sua maioria por educadores, a comigo analisar o seguinte questionamento: O que ainda podemos esperar de uma direção sindical que usa a assessoria jurídica do nosso sindicato para buscar a condenação de um professor, tendo plena consciência de que ele não tem responsabilidade direta nos ataques direcionados à pessoa de uma das diretoras do SINPROESEMMA?
Partindo do pressuposto que assessoria jurídica do sindicato deve, antes de tudo, resguardar direitos de nós professores, torna-se incoerente em relação aos próprios objetivos desse instrumento, precipitar minha condenação não como autor, mas como coautor dos ataques citados.
Tal condenação, frise-se que ainda esta em sede de recurso e, portanto passível de modificação, deu-se em função de ser eu o criador, proprietário e moderador de uma comunidade para debates virtuais, intitulada SOS PROFESSOR, em uma popular rede social. Com a responsabilidade que essa condição exige, fiz por diversas vezes a remoção de alguns comentários (posts) ofensivos direcionados a alguns diretores do sindicato, bem como advertimos o membro e responsável direto pelos atos no tocante à conduta e política de relacionamento presente em toda e qualquer comunidade, cujo único compromisso é com a verdade e a conscientização de direitos. Contudo, como se sabe, a dinâmica dos contatos virtuais, lamentavelmente, extrapola a possibilidade de controle e, nesse caso específico, soube-se tempos depois que se tratava de um perfil falso (fake) que se fazendo valer do anonimato, deu continuidade às ofensas e, por ser impossível o monitoramento on line por 24h, fui associado aos fatos, e, dessa forma, responsabilizado.
Partindo-se do exposto, vale ressaltar que esta ação não tem objetivo único de resguardar a imagem de um dos membros da diretoria do Sindicato. As verdades ora ocultadas na ferramenta jurídica residem no fato de que a diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB) encontra-se desgastada e deslegitimada em função da sua inoperância e das muitas traições cometidas contra os professores. Tenta, desta forma, intimidar a ação dos membros do MRP, que a cada dia alcançam maior legitimidade no seio da nossa categoria ao promover verdadeiramente a luta em prol dos direitos dos educadores.
Nós do MRP, a partir de 2007, criamos, além da comunidade virtual já citada, outros mecanismos midiáticos, como por exemplo, o nosso BLOG e desde então somos implacáveis na divulgação das artimanhas e golpes da diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB). Fui arbitrariamente escolhido em função da coragem de denunciar as manobras patrocinadas por tal diretoria PELEGA e esta postura tem incomodado esse restrito grupo que acredita ser proprietário do sindicato, forçando-os de forma vexatória e irrefletida a tentar impedir a constatação real dos fatos e, assim, buscar um “bode expiatório”.
Não é difícil atinar que a cúpula dessa diretoria à frente do sindicato, há mais de 10 anos, deseja se perpetuar na nossa estrutura sindical. Longo e valioso período cujas perdas se aglomeram no seio da categoria, além de fazer uma gestão passível de clara suspeita. Não podemos esquecer que dia 18 de abril deste ano, o Sr. Júlio Gueterres, embora Secretário de Comunicação, afirmou com a propriedade de um secretário de finanças que a arrecadação mensal do SINPROESEMMA era de 200 MIL REAIS, na plenária realizada no auditório da FECOMÉRCIO. Companheiros, isso resulta numa arrecadação anual superior a 3 MILHÕES DE REAIS, na medida em que deve-se acrescentar a esse montante a receita referente ao IMPOSTO SINDICAL OBRIGATÓRIO que supera a quantia de 600 MIL REAIS.
O que o MRP leva à categoria é a necessidade de questionar o destino dessa quantia. Todos deveríamos saber onde são aplicados tais recursos. Para onde vão todos esses milhões que surgem da contribuição dos educadores?
Possivelmente, o desconhecimento dos motivos perpassa pelo fato de que a diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB) manobra e descumpre o estatuto do sindicato ao não realizar a assembleia anual de prestação de contas com seus associados. Antes, reúne meia-dúzia de professores simpatizantes da direção e lá apresentam balancetes em reuniões semiclandestinas.
Some-se a isso o fato de que, desde 2007 (GOVERNO JACKSON), a diretoria do sindicato vem ludibriando a nossa categoria ao vender a ideia de que todos os nossos problemas serão extintos com a aprovação do Estatuto do EDUCADOR. De lá para cá, várias versões desse documento foram construídas, sendo que nenhuma delas foi discutida amplamente na base da nossa categoria. Chegamos a 2011 sem que um novo estatuto fosse aprovado. Hoje percebemos que esse fato só serviu para reforçar a política governamental de negação de direitos, na medida em que a própria diretoria do SINPROESEMMA faz de conta que o ESTATUTO DO MAGISTÉRIO não está mais em vigor.
Lamentavelmente, podemos ainda elencar outras questões nas quais padecem a categoria:
- a diretoria do SINPROESEMMA (PCdoB/PT/CTB) historicamente tem escolhido um lado e esse lado da luta tem sido o do governo;
- a mutilação e o não cumprimento do Estatuto do Magistério;
- perdas salariais estratosféricas;
- negação das progressões e titulações;
- piso salarial inferior a 900 reais;
- não realização de eleições diretas para diretor de escola;
- no final de 2009 a diretoria do sindicato fechou um acordo com o governo à revelia da categoria, que resultou em nosso último reajuste;
- em 2010 o reajuste foi negado e tudo indica que em 2011 a cena se repetirá.
Como vimos, por termos a coragem de refletir a nossa realidade e de socializá-las para que você professor/a possa se inteirar dos fatos e assim tomar partido nessa nossa luta é que querem nos calar.
Aos meus opositores PELEGOS deixo uma certeza: ações como essas só me dão mais força e coragem pra continuar na luta.
* Professor das redes Estadual / Municipal e militante do Movimento de Resistencia dos Professores-MRP.
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