A Greve e Seus Ensinamentos (FONTE: SITE DO SINPROESEMMA)
Data de Publicação: 19 de maio de 2011 às 16:33
Por Julio Pinheiro
Os fatos falam por si. Após 78 dias de intensa disputa com o governo mais covarde da história, enfrentando toda a beligerância, a categoria sentiu o peso do braço do grupo Sarney, na justiça, na mídia e na estrutura estatal, mas bravamente resistiu como heróis do povo, sem invejar nem um mártir das causas mais nobres de nosso povo. A Educação se ressente de vontade política. Isso ficou comprovado no gesto do governo nesses dois meses e meio de greve. Não arredaremos um só instante do objetivo de construção sólida da educação que o povo merece - educação socialmente justa e de qualidade, com viés inclusivo, como bem defendeu o mestre Paulo Freire.
Não podemos negar o esforço diário nos quatro cantos do estado, de todos os militantes dessa causa: Direção dos Núcleos, Delegacias Regionais do Sindicato e Categoria em geral, que não vacilou quando foi convocada para defender direitos importantes que dignifica a nossa missão de educar.
A nossa pauta foi bem apresentada por todos. O estatuto do educador, instrumento necessário para valorização dos educadores, precisa ser aprovado. O piso salarial precisa ser cumprido e todos os outros itens atendidos.
A nossa pauta foi bem apresentada por todos. O estatuto do educador, instrumento necessário para valorização dos educadores, precisa ser aprovado. O piso salarial precisa ser cumprido e todos os outros itens atendidos.
Não faltou quem elogiasse o gesto de combate do sindicato, mas não faltou quem criticasse, com objetivos outros e longe da pauta em questão, a ponto de distorcer completamente os fatos, a fim de se locupletar com teses, cada vez mais claras para a categoria, das disputas que se dão pelo controle do Sindicato. O MRP consegue, com a venda covarde de seus membros, corromper idéias e pregar ilusão aos nossos mais destemidos educadores.
Todos eles - a elite do MRP - pediram ao sindicato o final da greve por não ter coragem de enfrentar vozes contrárias. Em várias reuniões, o MRP queria uma desculpa para a desistência da luta, mas não assumiu isso para a categoria. Como sempre, é mais cômodo para eles deturpar a decisão de suspensão da greve e o estado de greve, que foi tomada, não pela direção do Sinproesemma, e sim pela categoria, que nas 16 regionais assim o decidiram e, por conseguinte, sofreram os ataques dos mais vis desses senhores, a exemplo da assembléia de São Luis, onde, covardemente, os companheiros do interior foram chamados de “gados” por membros do MRP.
Todos eles - a elite do MRP - pediram ao sindicato o final da greve por não ter coragem de enfrentar vozes contrárias. Em várias reuniões, o MRP queria uma desculpa para a desistência da luta, mas não assumiu isso para a categoria. Como sempre, é mais cômodo para eles deturpar a decisão de suspensão da greve e o estado de greve, que foi tomada, não pela direção do Sinproesemma, e sim pela categoria, que nas 16 regionais assim o decidiram e, por conseguinte, sofreram os ataques dos mais vis desses senhores, a exemplo da assembléia de São Luis, onde, covardemente, os companheiros do interior foram chamados de “gados” por membros do MRP.
Tenho uma certeza: a luta vai continuar com a mesma clareza de sempre e sem ter nenhuma ilusão do nosso papel à frente deste combativo Sindicato.
Considerações do MRP:
Na assembleia de São Luís, realizada no convento das Mercês, no dia 15 de maio de 2011, defendemos com muita veemência a manutenção da greve e a não aceitação do acordo proposto pelo governo do estado, por entender que nele não havia absolutamente nada de positivo para a nossa categoria. A diretoria do SINPROESEMMA não só o defendeu como também forjou o resultado dessa assembleia, afirmando em nota que nossa categoria o tinha aceitado.
Dia 18 de maio de 2012 fez um ano do encerramento da nossa greve, nesse sentido analisando o que de fato ocorreu de lá pra cá, já podemos tirar algumas conclusões a cerca do que foi acordado entre a diretoria do sindicato e o governo do estado.
1. Nossa GAM, em outubro/11 foi reduzida:
De 100% para 75% (classes i e ii) e de 130% para 104% (classes iii e iv); Aqui vale ressaltar que foi incorporado ao vencimento das classes iii e iv 20% da GAM e segundo informe do sindicato, teríamos ainda 12% de reajuste em out/11 + 4% em março/12 e + 4% set/12. Após realizarmos vários cálculos chegamos à conclusão que esses reajustes não estão ocorrendo de acordo com o prometido;
2. O piso de R $ 1.187,00 foi pago aos professores das referências iniciais , somente no período de outubro/11 a fevereiro/12. Com o reajuste concedido em março estes docente passaram a receber R $ 1.269,63, valor este inferior ao PISO vigente de R $1.451,00.
3. O ESTATUTO DO EDUCADOR seria enviado á ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 60 dias após a publicação do acórdão. Este foi publicado dia 24 de agosto de 2011, no Diário da justiça. Já se passou mais de 160 dias dessa publicação e o que foi prometido ainda não foi cumprido.
O exposto acima evidencia o detentor da razão, na medida em que, hoje podemos afirmar que nada do que foi acordado beneficiou a nossa categoria. Esse acordo só serviu aos interesses do governo, que ganhou tempo durante todo esse período e pôde desta forma construir o PGCE- Plano Geral de Cargos do Estado co muita tranquilidade e distante dos servidores. Agora, o mesmo é quem tramita nas comissões da ASSEMBLEIA LEGISLATIVA e está prestes a ser aprovado, aprofundando ainda mais as perdas da nossa categoria.
E agora Sr. Presidente do SINPROESEMMA o MRP é quem estava errado? Quem historicamente é que se vende para o governo? Quem pregou ilusões? Quem corrompeu idéias?
Queremos aqui desafiá-lo publicamente: Apresente algo de positivo para a nossa categoria, resultante desse acordo.
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