Pular para o conteúdo principal

CHAPA 1 lança carta aos professores aposentados


CARTA  AOS PROFESSORES APOSENTADOS - CHAPA 1 (UNIDADE PARA MUDAR)

Colegas,
Somos os trabalhadores de maior relevância neste país, pois a nós cabe formar todas as demais categorias. Entretanto, parece que não temos essa consciência uma vez que deixamos  nosso próprio sindicato nos afastar do seu seio. Embora ao longo da nossa história profissional sejamos acometidos por enfermidades relacionadas à docência, muitas vezes prematuramente, ainda somos muitos, porém sem participação significativa no nosso sindicato.
Acredito que somos naturalmente capacitados para construir uma categoria decente, de luta, independente e sem as amarras de prefeitos que não têm compromisso com a boa educação da nossa bela São Luís. São os mesmos que nos pagam miseráveis salários e que apostam numa educação precarizada para que se perpetuem no governo. Não obstante, parte dos que compõem o nosso sindicato não tem compromisso com a categoria e sim com os governantes, fato facilmente verificado quando se observa a inércia dos que ocupam cargos de direção sindical, onde parece que não há uma categoria sedenta por salários mais justos e melhoria na qualidade de ensino.
A fim de que sobrevivêssemos dessa profissão, a maioria de nós teve que trabalhar os três turnos: pela manhã, para que garantíssemos o pão de cada dia; à tarde para que déssemos a melhor formação para os nossos filhos; e à noite, para que assegurássemos melhor nossa representação no exercício da nossa profissão, adquirindo como roupas, revistas, livros, máquina de escrever, computador, internet e algum patrimônio.
Como se sabe, um corpo cansado pelo excesso de trabalho não pode produzir educação de qualidade. Todavia, multiplicar turnos de trabalho não configura vaidade ou ganância, mas porque o salário que nos pagam é extremamente baixo e nesse embate que muitos companheiros faleceram, pois os seus órgãos vitais não suportaram as cargas trabalhistas que lhes impuseram.
Nós mesmos somos testemunhas, basta que observemos a grande quantidade de colegas que não está mais em nosso meio. Essas pessoas eram homens e mulheres repletas de saúde, cheias de ideias, desejosas de salários justos, a fim de que produzissem educação a contento. Nós que estamos vivos, vamos lutar por um sindicato forte e independente.
É sabido que a vida hoje está prolongada, que já são mais de 23.000 brasileiros com mais de cem anos de idade. Que tal se tirarmos um pouco do nosso tempo para dedicar a nossa categoria? Isso também faz bem a nossa saúde.
Como disse o nosso conterrâneo Gonçalves Dias:

“A vida é luta renhida

Viver é lutar,

A vida é combate

Que os fracos abate

Que os bravos e os fortes

Só pode exaltar!”

 

Esperando vê-los na luta por um sindicato melhor, despeço-me cordialmente,

 José de Ribamar Alves Durans

(Professor aposentado)
 

Aposentado de luta vota CHAPA 1-  UNIDADE PARA MUDAR.

 




 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sinproesemma contrata banca de advogados que está envolvida em polêmica no Ceará

Precatórios do Fundef: entenda a polêmica do pagamento de honorários a advogados Professores que estiveram na ativa na rede pública estadual do Ceará entre agosto de 1998 e dezembro de 2006 têm direito a receber os valores referentes aos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) . Nesta terça-feira, ocorreu o pagamento da segunda parcela . Desde que o pagamento teve início , em fevereiro de 2023, uma questão sobre o tema gera controvérsias: o pagamento dos honorários advocatícios à banca de advogados contratada pelo Sindicato Apeoc, que representa os professores. O precatório é resultado de disputas judiciais movidas pelo Estado do Ceará para corrigir os cálculos e complementar os repasses federais pelo Fundef à educação estadual. Como 60% do valor do fundo tinha de ser destinado à remuneração dos profissionais do magistério, quem estava em atividade é beneficiado. São 50.248 professores que recebem os pagamentos

MRP lança nota de solidariedade aos professores e repudia a atitude do vice governador do Maranhão

  MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES- MRP   NOTA DE SOLIDARIEDADE E REPÚDIO   O Movimento de Resistência dos Professores - MRP vem a público se solidarizar e manifestar seu irrestrito apoio aos professores que estão sendo processados judicialmente pelo vice governador   e Secretário de Educação do Estado do Maranhão- o senhor Filipe Camarão (PT) por conta de uma charge divulgada durante a greve dos   professores da rede pública em que se questiona   o destino das verbas que deveriam ser utilizadas para o pagamento do piso salarial da categoria. A interposição das ações judiciais interpostas se configuram em um ataque a toda nossa categoria de professores, e em verdade se constituem em censura e ataque a liberdade de expressão-basilares do Estado Democrático de Direito , ao mesmo passo em que   são utilizadas para tentar   criminalizar, intimidar e calar professores através do uso do aparato judicial, o que é inaceitável e não pode ser naturalizado pela sociedade maranh

MP do governo Brandão/Camarão impõe perdas aos professores

Companheiros,  segue abaixo a Medida Provisória nº 405 do Poder Executivo Estadual/MA. A referida MP trata da IMPOSIÇÃO do reajuste parcelado de 11% aos profissionais do magistério estadual (Educação básica pública). Atenção! Lamentavelmente, outra vez, registramos que o governo do Maranhão viola a lei federal nº 11.738/08 e não paga o Piso Nacional do Magistério de R$ 4.420,55/40h, que é devido aos professores em inicio de carreira. Como se isso não bastasse, o governo do Maranhão resolveu burlar o art. 30 da lei estadual nº 9.860/13 (Estatuto do Magistério), na medida em que, nas tabelas que acompanham a referida Medida Provisória encontramos professores de referencias diferentes com o mesmo vencimento. É o caso dos professores nível II, das referências C5 e C6 (o interstício a ser observado é de 4%). No caso do professor nível III, das referencias A1 e A2, o interstício é de 5%. Ao congelar o vencimento nessas referências, o governo impõe vencimentos definidos a menor para todas as