Por: SINPROESEMMA
Data de Publicação: 3 de setembro de 2009
A assembleia regional de São Luís do Sinproesemma realizada hoje (dia 3), no auditório do Sindicato dos Bancários, aprovou o estado de greve da categoria na Grande Ilha e a participação na paralisação nacional do dia 16 de setembro. Ficou decidido também que serão realizadas assembleias regionais em todo o estado para preparar uma paralisação de advertência de 48 horas e posteriormente, se necessário, greve por tempo indeterminado.A mobilização faz parte Campanha Salarial 2009 que reivindica 16 questões, entre as quais recomposição da tabela salarial, elaboração do PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários) e reformulação do Estatuto do Magistério. Três rodadas de negociações já foram efetuadas pelo Sinproesemma – uma com a secretaria de Planejamento e duas com a de Educação. Mas estão paradas desde que foi solicitada uma audiência com a governadora Roseana Sarney (PMDB), devido à indefinição de um acordo sobre a tabela.Para o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, a assembleia refletiu a disposição de luta dos educadores públicos. Na avaliação dele, está nas mãos do governo a interrupção ou não das atividades da rede estadual de ensino. “Temos um calendário de mobilização que será submetido às assembleias regionais. Ele inclui protestos e paralisações e poderá chegar à greve, se não houver respostas concretas à pauta de reivindicações, especialmente quanto à questão salarial, ao Plano de Cargos e ao Estatuto”, explica o sindicalista. Ele diz que essas etapas de luta – protestos, paralisação de 24 e 48 horas – fazem parte do processo de preparação e mobilização dos educadores.CronologiaAté hoje o Sinproesemma aguarda resposta a um pedido de audiência com a governadora, Roseana Sarney (PMDB), protocolado no dia 4 de agosto para discussão da pauta de reivindicações da categoria. No ofício é solicitada, ainda, a presença à reunião dos secretários Gastão Vieira (Planejamento), César Pires (Educação) e Luciano Moreira (Administração).Como justificativa à solicitação, o Sinproesemma relata que no dia 11 de maio encaminhou à secretaria de estado da Educação (Seduc) a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2009. Essas reivindicações foram discutidas no último dia 29 de julho. Dentre os 16 itens da pauta, a entidade cobra um posicionamento do governo quanto à recomposição salarial, tendo como referência o Piso Salarial Nacional e o índice de 19,2% pelo qual o valor aluno/ano do Fundeb foi reajustado. Mas o secretário de Educação tem alegado o gasto de 96% do orçamento deste ano pelo governo anterior.
O que de fato aconteceu ontem na assembléia à diretoria do SINPROESEMMA esconde da categoria.
Assim como a moeda tem duas faces, essa história tem duas versões e aqui externaremos a nossa. Por não terem o reconhecimento da base, na ilha, que já não permite mais a manipulação da diretoria, eles trouxeram vários professores do interior do estado, dentre eles, diretores do sindicato que não residem na ilha. Essa turma veio para fazer número e aprovar a proposta da diretoria. No início da assembléia eles fizeram um credenciamento que serviu para identificar os sindicalizados (cartão verde) e os não sindicalizados (cartão laranja), dividindo assim a categoria.
Iniciada a assembléia, solicitamos uma questão de ordem, que foi negada. O objetivo era modificar o tempo das intervenções da base, pois a mesa tentou de forma impositiva, limitá-la há 3 minutos, somente após algum tempo e debaixo de muitos protestos, a mesa foi obrigada a aumentar esse tempo para 5 minutos. A assembléia seguiu e tentamos estabelecer um dialogo propositivo com a plenária, porém, o tempo não foi suficiente, além disso, eles colocaram diversas pessoas da diretoria para falar, com o propósito de esvaziar a assembléia e evitar nossas reinserções. Solicitamos informações a respeito das discussões em torno da elaboração do nosso PCCS e eles silenciaram. Vale aqui também ressaltar que, lamentavelmente, a categoria não atendeu o chamamento do sindicato, apesar da divulgação da assembléia na TV. Na ilha temos mais de 6000 professores e deste contingente, compareceram à assembléia pouco menos de uma centena de professores. Isso só demonstra o quanto essa diretoria não tem representatividade no seio da base.
Votação das propostas:
Por volta de meio dia, conseguimos encaminhar a votação, eles fizeram a proposta de paralisação dia 16 e caso a governadora não os recebesse até esse dia, somente no final do mês a categoria faria uma paralisação de advertência de 48h.
A oposição propôs a decretação imediata do estado de greve, uma paralisação de 24h já na semana seguinte e dia 16 realizaríamos uma assembléia geral na capital e caso nossos pleitos não tivessem respostas, nesse dia já decretaríamos a greve geral.Eles preocupados não sabemos com o que ou com quem, evidenciaram que a assembléia era regional e não poderia decidir por todo o estado.
Fomos à votação, não tivemos tempo de discutir o método, aí a mesa determinou que se recolhessem os cartões que concordavam com a proposta do sindicato. Lamentavelmente, um dos diretores, mais que depressa, se dispôs a recolhê-los (somente os verdes) e aí senhores o que presenciamos é no mínimo inaceitável, pois esse senhor chegou até a tomar cartões das mãos de alguns professores. Protestamos veementemente, no entanto a mesa nada fez.Em seguida colocaram em votação nossa proposta e fomos de forma muito acirrada a apuração, que revelou um empate ( 37 x 37).Requeremos uma nova votação e aí a diretoria simplesmente enfiou a viola no saco e abandonou a assembléia, numa demonstração de fraqueza e descompromisso com as nossas causas e com o nosso sindicato.
Professor/a e demais trabalhadores da educação, como avançar na luta se a diretoria do nosso sindicato em vez de promover a mobilização da categoria, envereda sempre pelo caminho da manipulação?
Prof. Antonísio Furtado -militante do MRP e do GT de educação da CONLUTAS.
Atenção srs diretores! Aqui na ilha rebelde essa tática já não funciona mais.
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