No dia 22 de setembro, uma comissão com 12 professores da rede estadual que atuam no MRP, se encontraram com o Secretário de Educação do Estado, César Pires.
Foi entregue ao secretário uma pauta de reivindicações construída em reunião do MRP (08/08 no BCA), onde consta, entre outros pontos:
- Construção do PCCR, por comissão paritária composta por Professores da base, Sinproesemma e governo;
O MRP entende que a participação de professores da base, é fundamental para que o processo seja mais justo;
- Reajuste de 19,21% retroativo a março;
O reajuste deve ser retroativo, pois o mesmo não nos foi repassado integralmente desde sua implementação.
Neste ponto, as argumentações e documentos apresentados pelo MRP deixaram o secretário sem resposta, tanto que o mesmo até tentou escapulir da reunião. Os argumentos usados pelo MRP foram: a arrecadação líquida do Estado que cresceu mais de 18%; os recursos do FUNDEB de 2007 a 2009 cresceram 118%, mas no entanto os profissionais do magistério tiveram reajustes de apenas 9%.
Também ocorreu algo inusitado, o Secretário afirma que tem 97% do orçamento da educação (FUNDEB) comprometido com a folha, pedimos as provas, mas o mesmo não apresentou. O MRP questionou o secretário mostrando que no governo anterior o comprometimento foi de apenas 68%, como pode, em apenas cinco meses, subir para 97%, sem que tenha ocorrido concurso, e sendo que não houve reajuste para os professores?
Será que o secretário acha que somos tolos ou desinformados?
- Concessão imediata das aposentadorias dos professores recém promovidos, mantendo suas vantagens.
Neste ponto o secretário disse que seguiu a orientação da justiça local, mas se negou a comentar a decisão prévia do STF que já sinalizou no sentido de que os professores promovidos não mudaram de carreira, como argumenta o governo, mas apenas progrediram dentro da mesma carreira. Por tanto, os professores têm o direito de se aposentarem imediatamente.
O secretário não foi capaz de comentar nem o argumento de que muitos desses professores deram entrada em suas promoções a mais de 10 anos.
E pasmem a toda hora o secretário lembrava que também era professor, também era da classe, mas quando indagado sobre qual lado defenderia na reunião do conselho administrativo e econômico, ele disse: “Não me complique, eu defendo o reajuste de 6,1%, tá bom”.
Foram mais de 3 horas de reunião e a impressão que ficou foi a de que o governo não pretende atender as reivindicações dos professores (o que já era de se esperar), mas a impressão que deixamos clara ao governo foi: Não aceitaremos as manobras do governo e nem do Sinproesemma, e que estamos mais que dispostos a brigar por nossos direitos.
Comentários