Certa vez em uma entrevista de rádio ouvi o radialista afirmar que "o prefeito que roubava a merenda escolar das crianças deveria ir para o inferno". Julgamentos escatológicos à parte, na verdade boa parte das crianças dos 217 municípios maranhenses vão às aulas por causa da alimentação escolar. Isto é uma verdade!
Pois bem, caros leitores, sabe-se há muito tempo que existem vários esquemas de financiamento de campanhas que utilizam como moeda de troca os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Governo Federal.
A coisa funciona da seguinte forma: os "empresários" se chegam aos candidatos na época da campanha e fazem os "acordos". Te empresto tanto e tu terás que comprar a merenda escolar comigo. Aí já se sabe o resultado.
Na maioria esmagadora dos municípios maranhenses, o lanche servido ocasionalmente é o tão famigerado "ki suco" com biscoito. Nem se recomenda olhar os prazos de validade das embalagens. Agora, imaginem tentar estudar com a "barriga roncando" de fome. Simplesmente não há pedagogia alguma que consiga prender a atenção dos alunos numa horas destas.
Um outro fator que complica ainda mais o cenário é a falta de atuação dos Conselhos de Acompanhamento da Merenda Escolar. Os CAEs normalmente não fiscalizam absolutamente nada por uma série de fatores: falta de capacitação, ausência de estrutura física e comprometimento de seus membros com os gestores.
Em muitas ocasiões, deparamo-nos com pessoas que sequer sabiam que estavam no rol dos conselheiros; no entanto, seu nomes constam nos sites oficiais como membros de conselhos de acompanhamento.
Clique no site abaixo e descubra se existem "falsos conselheiros" da merenda em seu município. A cidadania agradece!
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