Participamos hoje do ato convocado pela
diretoria do SINPROESEMMA na Deodoro e o que assistimos lá é no mínimo
lamentável, senão vejamos:
É do conhecimento de todos os professores
da ilha que a maioria das escolas aderiu à paralisação, porém, compareceu à
atividade na praça Deodoro menos de 1% do professorado da ilha, que é superior
a 7 mil, sequer ocupamos toda a escadaria da biblioteca Benedito Leite. Esta é uma evidência clara de que a esmagadora maioria do professorado
da capital já não suporta mais as manobras e mentiras dos dirigentes do
SINPROESEMMA que tanto têm nos prejudicado.
Nas diversas falas dos dirigentes do
sindicato observamos as mais descabidas justificativas para que o governo
continue descumprindo o acordo firmado com o SINPROESEMMA no final da greve
(maio/2013). Dentre as falas nos chamou bastante atenção a parte que dizia: O
mais importante do acordo é a concessão das milhares de PROGRESSÕES prometidas
para janeiro de 2014.
O presidente do sindicato e seus asseclas
bradavam aos quatro cantos da Deodoro: se o governo não fizer a concessão
das progressões o ano letivo não será iniciado. Interessante é que as perdas
geradas pelo não cumprimento de parte do acordo nesse segundo semestre de 2013
já foram desconsideradas pela diretoria do sindicato. Nesse sentido ficou
explicito que continuaremos a receber o resto das diferenças salariais de forma
parcelada, aos inativos sequer foi informado se estes receberão ou não o
reajuste concedido aos ativos e a concessão das titulações e promoções
continuará sendo realizado no sistema conta-gotas, isto é, o governo as
concederá na quantidade que quiser.
Para nós está explicito que a postura do
governo Roseana-PMDB, no que diz respeito ao descumprimento do acordo e da
negativa de diversos dos nossos direitos não mudará com ações inexpressivas
como as paralisações mensais realizadas pelo SINPROESEMMA. A diretoria do
sindicato sabe disso, porém, no atual momento, optou por teatralizar uma
suposta reação às ações nefastas do governo estadual, pois seus diretores
entenderam que o melhor momento para fazer o enfrentamento do governo Roseanista
será o do início do ano letivo de 2014.
Essa estratégia servirá aos dois propósitos
da diretoria do SINPROESEMMA:
1- Agindo assim, espera dar satisfação aos
professores diante da postura do governo;
2 - Pretende fazer da greve um palanque
político para os candidatos do PCdoB que pululam dentro e fora da diretoria do
sindicato.
Aos nos professores está posto o desafio
de acompanhar ou não está estratégia da diretoria do SINPROESEMMA.
Outra vez fica evidente que para os membros da diretoria do sindicato fala mais
alto os seus interesses políticos eleitoreiros e particulares.
Precisamos reagir aos ataques permanentes
do nefasto governo Roseanista, porém, fazer a luta capitaneada pela diretoria
do SINPROESEMMA, sem a garantia da autonomia da base da nossa categoria, só nos
conduzirá a uma derrota atrás da outra, a exemplo da mais recente greve que
resultou num acordo que nunca será cumprido e na aprovação de um estatuto
prejudicial à carreira de todo o magistério estadual. Precisamos compreender
que nós temos que ser protagonistas na construção e manutenção permanente da
luta em prol da defesa e ampliação dos nossos direitos e por educação pública
maranhense de qualidade, pois a diretoria do sindicato já demonstrou por inúmeras vezes que
nem em sonho deseja desempenhar tal papel.
Atenção! Lá nos foi informado que a próxima paralisação acontecerá dia 27/11.
Observação: Se algum professor/a desejar fazer um relato das atividades na sua cidade, envie-nos por e-mail que publicaremos aqui no blog.
Comentários